26/12/2018

Continuação #dia23

Fomos fazer o raio X. Não estava lá ninguém a nossa frente. Ela entrou logo. Entretanto, vim cá fora tomar um café e fumar um cigarro, com a Lili e a Lara. No fim do raio X, tínhamos que esperar em frente ao gabinete do médico até que ele nos chamasse. Quando entrei, já à minha mãe estava em frente à porta do gabinete, farta de esperar e mortinha para vir embora. O problema começou aqui.
Entretanto um rapaz que também estava a espera do médico, meteu conversa comigo. Acabei por saber que a mãe dele a 4 anos atrás também teve cancro de mama, fez o tratamento, operação e reconstrução da mama e está aí pronta para as curvas. Ele com 10 anos teve leucemia e está ótimo também. Chamava se Diogo e via se naquele rapaz à transparência dele. Foi ajudar um senhor com dificuldades a sair da casa de banho sem o conhecer de lado nenhum.
O médico veio ter c ele, e pediu lhe que entrasse pro gabinete. Passados 5 min, ele saiu, de receita na mão e um "bom natal a todos". Mas eu pensava que este natal ia ser assim tão mau pra nós.
O médico veio a seguir ter connosco, pois queria umas análises ao sangue da minha mãe. Por precaução, dizia ele.
Ela foi fazer as análises e como havia poucos doentes lá, a enfermeira disse à minha mãe que podia la esperar confortável no cadeirão, que esperar nas cadeiras velhas do corredor. Assim fizemos. Passou de novo o médico com o resultado do raio X. Tinha líquidos no pulmão, mas ia levar um medicamento que a ia fazer muito Xixi nas duas horas seguintes pra eliminar aqueles líquidos. Disse a minha mãe que ia sair pra dizer as raparigas que ainda íamos demorar e pra elas irem embora.
Cheguei cá fora e disse lhes. Elas ligaram ao meu irmão para as ir buscar. Fumei um cigarro e tomei um café. Entretanto chegou e a Lili deu me dois beijinhos  no dia a seguir já ia pra Bragança. O meu irmão perguntou me se era preciso alguma coisa e que se quisesse tinha moedas pra eu tirar os cafés que quisesse. Não quis. Arrancaram e eu vim pra porta.
Acendi outro cigarro, e ligou me a Lili. Disse pra vir a estrada, porque o meu irmão tinha lhes trazido duas sandes, e a minha mãe estava c fome, e com certeza, eu também. Peguei numa para a minha mãe. Naquele momento já nem sabia se tinha fome, sono ou frio. Era por volta da 1 da manhã. Fui pra dentro e a minha mãe já não tinha nenhum fio ligado a ela. Estranhei. Lembro me daquelas palavras com os olhos cheios de água "vai te embora filha, é tarde e eu vou passar esta noite cá ".

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