12/01/2016

Prazer, sou a Joaninha.

Vim à 4 meses para França. Graças a Deus, arranjei logo trabalho. Estou a trabalhar ainda. Tenho uma rotina normal. Acordo, vou para o trabalho, venho a casa almoçar, vou trabalhar. Venho embora, fumo um cigarro com um café a meio da tarde, ajudo a fazer o jantar, tomo um banho... é esta a rotina. No fim de jantar, se houver vontade, vamos tomar um café.
Como tal, sou uma pessoa normal, que luta pela vida. Mas sabem porque escrevo hoje?
Gostava de partilhar convosco o orgulho que tenho quando chego a algum lado e me dizem "Bom dia Joaninha", "Oláá Joaninha, estás boa?" "Então Joaninha, que tens feito?". Mas mais. O orgulho que tive quando os meus pais estiveram cá e ouviram isso.. "A nossa Joaninha isto", "a nossa Joaninha aquilo". "Toda gente chama a nossa filha de Joaninha". Foi um orgulho enorme ver que eles estavam orgulhosos da pessoa que eu me mostrei ser aqui. Porque se não fosse a pessoa que sou, não era a Joaninha, era simplesmente a Joana. E quanto ao meu irmão (com quem eu vivo) e ao Ricardo (um amigo que passa a puta da vida cá em casa), tambem me dá um certo prazer ouvi-los falar da Joaninha. Com tudo isto quero-vos dizer que, uma rapariga veio pra cima connosco, e neste momento não tem amigos. Está sozinha. Tem a vida numa alhada, mas porque ela quis, quis dar um passo maior que a própria perna dela. Eu não. Eu nao tive pressa de crescer. Deixei-me andar, na rotineira do dia-a-dia sem grandes movimentos. Esperei pelos momentos certos para fazer as coisas. E isso fez-me crescer, mantive-me sempre no meu lugar. E garanto-vos uma coisa: agora quem vos escreve é a Joaninha, a Joaninha de quem toda a gente fala, que toda a gente gosta e que toda a gente se disponibiliza a ajudar.

Prazer, sou a Joaninha.

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